Oh, lets go back to the start – Epílogo de uma nova história

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Foto de 1 ano atrás

Esse texto precisava sair em algum momento. Não que exista uma obrigação em manter esse blog funcionando, mas eu meio que tenho essa necessidade de manter registrado o que está funcionando na minha vida.
De um ano para cá muita coisa se foi e muita coisa caiu no meu colo de presente.
Doulei mulheres maravilhosas! Presenciei partos avassaladores, e então, deixei de doular. Primeiro por conta de uma perda, depois por motivos financeiros.
Em Abril de 2015 descobri que estava grávida, de novo. 3 meses antes de o Valentim completar um ano… Nem preciso comentar que pirei né?
A pressão de se engravidar quando não é a sua vontade e não ser algo realmente celebrado por ninguém a sua volta é algo muito pesado. Eu cai. Não saia do sofá, não tinha vontade nem de cuidar mais dos meninos. E quando o calo apertava eu ainda pensava: “Pqp! ainda vai vir mais um!”.
As semanas se passaram, e aceitar é preciso. Conviver com a ideia e me programar para ser mãe de três bebês.
E na nona semana fui surpreendida por uma dor intensa no abdômen, eu me revirava na cama. Como a dor era na altura do umbigo não imaginei que fosse algo relacionado com o bebê. Fui ao hospital, recebi uma negativa do médico de plantão em me medicar, por conta da gestação recente.
E então o sangramento veio, pensamos em nidação. Fui acompanhando com a obstetriz Thalita. Ida ao PS, ultrassom (tudo ok), medicação para dor e repouso.
Dormi com a imagem daquele bebê, que eu não esperei, que eu não quis, lindo, com formas fofas. Me fiz mãe dele ali. Pena que ele estava de passagem.
Na manhã seguinte, acordei com a cama ensanguentada, descansei mais um cadinho e então a hemorragia veio forte e intensa. Não quero entrar em detalhes do que foi o restante do dia para mim.
Passei por desrespeitos “esperados”, nos dois hospitais em que estive internada. Tudo foi muito surreal. Aquele bebê tinha voltado pro lado de lá.
Essa perda despertou toda a minha sombra com a maternidade dos últimos 24 anos. Fiquei mal. Demorei para perceber, mas percebi. Busquei ajuda, que recebi de uma mulher maravilhosa.
Foi tempo de reconstrução, aceitação e cura.
E como nada acontece sozinho, passei em um concurso público, mudei os ares. Mudei a rotina. A vida começou a melhorar. Sempre com essas pecinhas raras ao meu lado.

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